GLPI, Servicedesk Brasil e eu

Gostaria de contar uma história

Em meados de 2011, eu tive a oportunidade de me tornar Assistente de TI em uma empresa que, na época, era de médio a grande porte. O desafio era grande, pois éramos em dois profissionais de TI para suportar uma empresa com aproximadamente 60 usuários e 20 servidores.

Toda a infraestrutura, equipamentos, métodos e processos precisavam ser reformulados, atualizados ou até desenhados por serem inexistentes. Eu me recordo bem que o primeiro desafio entregue a mim pelo Felipe, meu amigo, colega e a quem eu respondia diretamente, foi a de organizar a forma com que os mais de 100 chamados mensais entrariam e seriam tratados no nosso setor. Era um projeto audacioso para dois jovens com menos de 25 anos em uma empresa tradicional e que apresentava constante e rápido crescimento.

A diretoria, na época, entendia que investir em licenciamento ou infraestrutura para um sistema que facilitasse o contato entre usuários e equipe de suporte, que permitisse justificar investimentos em uma ou outra tecnologia, que mantivesse histórico de tudo que acontecia no setor de suporte, não seria prioridade. Lembro bem: “Se for facilitar a vida de vocês e não gerar necessidade de investimento, a diretoria apoia.”

Dito isso, passei a buscar uma ferramenta que atendesse nossos anseios. Teria que ser algo:

  • Software Livre
  • Com uma comunidade ativa
  • Que houvesse um projeto aparentemente ativo e com atualizações constantes
  • Que tivesse integrações com sistemas já em uso na corporação
  • Fosse maduro o suficiente para não precisar de correções ou personalizações (eu nunca fui um bom desenvolvedor)
  • Que tivesse documentação vasta

Destes pontos, apenas o último quesito não foi preenchido na busca. Mas a que mais se encaixou no perfil procurado foi o GLPI.

Comecei os testes e me apaixonei, de verdade, pela ferramenta. Foi tão intenso que justamente pela falta do último ponto acima mencionado (Documentação) eu passei a gerar conteúdo em um pequeno blog na plataforma Blogger. Pensei na época: “Se alguém mais estiver passando pelas dificuldades que eu estou passando e eu tenho facilidade com Inglês, por que não disponibilizar um pouco de conteúdo gratuito na Internet?”

Foi o que fiz. Desde 2011 eu gerei muito conteúdo no meu blog. Gero até hoje.

Acontece que nessa mesma época de insegurança de estar fazendo as coisas do jeito certo por estar descobrindo mediante exploração, tentativa e erro, busquei treinamentos ou pessoas dispostas a trocar esse conhecimento sobre o GLPI. Encontrei o Google Groups (que ainda existe). Lá fiz algumas amizades virtuais e encontrei o Danilo Santos. Ele já ministrava treinamentos presenciais na ferramenta há algum tempo e meu desejo era fazer o treinamento dele. Mas lembrando, a diretoria não aprovaria qualquer investimento numa “ferramenta para a TI”. Infelizmente nunca fiz o treinamento.

Em 2012 eu publiquei meus primeiros vídeos e passei a me tornar uma pessoa conhecida quando se falava em GLPI. Foi sempre um projeto paralelo com o intuito de ajudar outras pessoas, fomentar a comunidade e deixar um legado de apoio e incentivo a um software livre que muito fez e faz por mim. Tenho orgulho deste trabalho feito aqui na Internet. Eu ensino muita coisa, mas eu aprendo ainda mais com todos que eu converso. A comunidade brasileira é incrível.

O tempo passou, o projeto seguiu com mais ou menos conteúdo, a depender da criatividade, tempo disponível, equipamentos para produzir, e muito, mas muito, empenho na busca de entregar conteúdo de qualidade e responder, ajudar e ser ajudado por e a todos que eu pudesse. Hoje o canal está com quase 2.500 inscritos, meu blog recebe mais de 5000 visualizações mensais e eu devo receber algumas dezenas de mensagens ou e-mails de pessoas buscando ajuda com o GLPI. É um processo que me intriga, energiza e empolga. Aprender sobre GLPI e suas mais variadas aplicações em setores de serviços é algo impressionante.

Finalizando essa ladainha toda, quis 2020 que eu reencontrasse duas pessoas muito icônicas na minha jornada de TI, Gestão de Serviços e GLPI, especificamente:

  • Jorge Camargo, um seguidor daqueles que fazem qualquer produtor de conteúdo que gosta do que faz se sentir, no mínimo, desconfortável com as perguntas boas e bem boladas. Perguntas de quem estuda a ferramenta, testa, aplica, encontra os problemas e vem trocar ideia. A propósito é o tipo de aluno que todo professor gosta. Aquele que questiona e questiona MUITO BEM.
  • Danilo Santos, aquele cara que sempre foi um objetivo ter contato. Um cara com quem eu tinha o objetivo de conseguir fazer um treinamento, de trocar uma figurinha que fosse, até de trabalhar com ele eu já tive objetivos.

Esses dois caras surgiram no meu 2020 em uma fase de crescimento da Baviera TI, em um momento de transformação na minha carreira de empresário e profissional de TI para me convidar a participar de uma live para falar dessa comunidade maravilhosa de GLPI. Conversamos muito e no final de todo esse processo surgiu o que eu chamo de marco histórico na minha vida.

Esses dois caras vieram de São Paulo à Igrejinha para alinharmos os passos para um projeto audacioso para final de 2020 em diante. Em Novembro de 2020 eu tenho a satisfação e oportunidade de chamar esses dois incríveis profissionais de sócios na Servicedesk Brasil. Empresa especializada em projetos de Gestão de Serviços com GLPI.

Agora é GLPI no café da manhã, almoço e janta.

Eu preciso agradecer muito ao software livre e ao GLPI.

Aaa, o blog e o canal do YouTube continuam, a Baviera TI está a mil e mais focada em projetos de infraestrutura, segurança da informação e serviços gerenciados.


Publicado

em

, ,

por

Tags:

Comentários

Uma resposta para “GLPI, Servicedesk Brasil e eu”

  1. […] contente pois esse foi o projeto que iniciou a nossa caminhada na nova configuração da Servicedesk Brasil. Tivemos algumas centenas de pessoas nos acompanhando no que foi, para nós, um marco bastante […]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *